Quadrilha desviou milhões de reais falsificando assinaturas em cheques
- Noemi Santana

- 11 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Em uma investigação da Polícia Civil do RJ contra fraudes bancárias foi descoberto um esquema fraudulento que movimentou ao menos R$ 13 milhões de reais. Segundo as investigações, a quadrilha interceptava folhas de cheques e clonava cartões.

A organização criminosa desenvolveu uma estrutura sofisticada que envolvia a participação de gerentes de bancos, policiais e muita tecnologia. De acordo com o departamento de combate a lavagem de dinheiro da Polícia Civil, a quadrilha tinha um central de golpes, ora compensando cheques, ora fazendo transações em máquinas de cartões dos próprios fraudadores, em benefício de empresas de fachada. O dinheiro desviado era gasto em itens de luxo, como carros.
O que surpreendeu os investigadores foi que os falsários tinham acesso a informações tiradas do próprio banco de dados da Polícia. O bando contava com os serviços de policiais que agiam como braço armado da organização no transporte de elevadas quantias e buscavam informações oficiais e sigilosas de vítimas.
Nesse contexto, os gerentes de bancos que participavam do esquema fraudulento faziam uma seleção de clientes que tinham valores altos em conta e enviavam as informações com os dados bancários dos correntistas para quadrilha que além de clonar os cartões se passavam por clientes dos bancos e solicitavam talões de cheques.
O bando desenvolveu uma técnica para fraudar as assinaturas dos correntistas. Com os talões de cheque em branco a quadrilha emitia e descontava diversos cheques de alto valor. Assim, os funcionários dos bancos costumam ligar para os clientes e confirmar a transação. Diante disso, em alguns casos, os gerentes que participavam do esquema alteravam os cadastros de números de telefone das vítimas, o novo número pertencia aos integrantes da quadrinha, que também clonavam os telefones dos correntistas.
Assinaturas falsificadas e telefones clonados
Nas fraudes com cheques, os criminosos interceptavam talões pelo correio, falsificavam a assinatura dos titulares.
“Nessa fase, eles ainda clonavam o telefone da vítima para que, no momento da confirmação dos dados para a compensação por parte do banco, outros integrantes da quadrilha se passassem pelo cliente”, explicou o delegado Gabriel Poiava, responsável pelas investigações. -Operação Veritas -
Valores retidos em contas de pessoas mortas também eram alvo da quadrilha.








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